quarta-feira, 11 de abril de 2012

À CONVERSA COM MIGUEL CORREIA

Por motivos pessoais informo desde já que as entrevistas serão cessadas até ao início do mês de Maio.

«CONSEGUIMOS 'CALAR' MUITA GENTE!»

Esta semana, tratou-se duma entrevista diferente no CDPhoquei.com. Não entrevistei ninguém, mas sim fui entrevistado pela minha própria equipa.

Cada membro da equipa e ainda o treinador enviaram uma pergunta, totalizando 8. Os temas não fugiram ao habitual destas entrevistas e abordou-se um pouco de tudo.

ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

Nuno Pinto: Em toda a tua "carreira" desportiva, qual o momento que te mais marcou?

Como jogador, o momento que mais me marcou foi na época de 2009/2010. Após falharmos o apuramento ao Campeonato Nacional, disputamos o Torneio de Encerramento. O último jogo, na casa do Fânzeres, era crucial para garantir a primeira posição e após uma má exibição, perdemos a partida. Foi, no entanto, uma época que terminamos com a cabeça erguida.
Como adepto do CDP o momento que mais me marcou foi também em 2009/2010. A conquista por parte dos Seniores do Campeonato Nacional da III Divisão. Erámos cerca de 50 pessoas na "claque" poveira que se deslocou à Mealhada e que viu o Desportivo a virar o jogo após o intervalo. Memorável é talvez a melhor forma de descrever o acontecimento.


Carlos Ferreira: Achas que houve algum momento em que tiveste alguma subida notória de rendimento?

Subidas de rendimento, penso que pouco a pouco, treino a treino, vamos todos tendo, seja no mais pequeno aspecto. Contudo, considero que subida de rendimento mais notória terá sido precisamente esta época. Fisicamente estou no meu melhor e tacticamente faço por aprender o mais possível e errar o menos possível. Penso que nunca tinha marcado um golo em competições oficiais e, este ano, até à data, já somo 13.


David Lima: O que pretendes fazer no teu futuro?

Algo que se algum dia tiver de deixar e que me vai custar muito, será a modalidade em si mas também todos os momentos que se vivem em equipa. O blogue também é algo que gostaria de fazer perdurar o mais tempo possível. Profissionalmente gostaria de seguir Medicina e se possível no Porto.


Luís Sá: Achas o hóquei um desporto caro?

Em comparação com a maioria dos desportos, o hóquei é de facto um desporto caro, ainda por cima para os guarda-redes. No entanto, não é nenhum factor que afecte a grandeza da modalidade.

Gonçalo Rodrigues: Como qualquer coisa, o teu trabalho no blogue, apesar de muito elogiado por muitos, também é criticado por vários. Como é que consegues conciliar o hóquei como jogador, a tua vida pessoal e o trabalho no blogue?

Por vezes dá mais trabalho do que parece... É difícil conciliar a escola, os treinos e umas "meias-horas" para escrever no blogue. Por vezes, isso traduz-se num atraso de dois ou três dias nas notícias do blogue. Mas é o que eu gosto de fazer, esta espécie de jornalismo desportivo amador, que serve para demonstrar o amor que tenho pelo clube e pela modalidade. Contudo creio que não é nada de transcendente de se fazer, trata-se principalmente de uma organização de tempo.


Vítor Hugo: Fazes parte dos juvenis, o que tens a dizer sobre este grupo e sobre os resultados alcançados?

É importante salientar que me orgulho de pertencer a esta equipa. Somos um grupo muito unido e trabalhador. Apesar de enfrentarmos grandes obstáculos esta época (o facto de sermos apenas 1 guarda-redes e 7 jogadores de campo, dos quais o Gonçalo está lesionado, se não me falha a memória, há já praticamente 5 meses) trabalhamos para as vitórias e numa primeira fase estivemos muito perto de conseguir o apuramento ao Nacional. Não o fizemos por um ponto, para muita tristeza minha e dos meus colegas. Conseguimos "calar" muita gente, que não acreditava no nosso potencial e demonstramos do que somos capazes! Em relação ao torneio de Encerramento, até agora estamos invictos e vamos fazer por continuá-lo. Estamos na 1ª posição e com um ponto de vantagem para o segundo.

António Araújo: O que pensas do atual estado do Hóquei em patins?

Apesar de não ter vivido o hóquei de há uns anos para cá, contam-me que era mais emocionante e mais espectacular. Actualmente, vejo que a deslocação ao pavilhão do CDP de público é muito reduzida, estando o pavilhão com algumas dezenas de pessoas apenas nos jogos dos Seniores e por vezes Juniores. A nível nacional e de 1ª Divisão, tirando os Clássicos, os pavilhões nunca enchem, talvez também devido ao crise financeira que vivemos e ao facto de que o impacto e a paixão do hóquei tem vindo a decrescer gradualmente ao longo dos anos.