Nas bancadas, eram muitos os emigrantes portugueses que ansiavam por um título!
Apesar de Portugal ter entrado em rinque com confiança e olhando os espanhóis sem medo, Pedro Gil (quem mais poderia ser?) encarregou-se de estragar os planos de Rui Neto, bem cedo: inaugurou o marcador logo aos 3 min, ao construir e concluir uma jogada de entendimento com Jordi Bargalló.
O golo parece não ter afectado os portugueses, já que quer Reinaldo Ventura, quer Luís Viana, punham à prova Sergi Fernandez. Do outro lado, Ricardo Silva mostrava toda a sua categoria, ao impedir por diversas vezes que a Espanha aumentasse o marcador. Mas a “resistênia” só durou até meio do primeiro tempo: Mia Ordeig fez o 2-0, numa jogada individual, enquanto Pedro Gil fez o 3-0, na conclusão de uma jogada colectiva de 3 para 2, com Mia Ordeig e Jordi Bargalló.
Sem nada a perder, Portugal teria de reagir!
Aos 12 min, Marc Gual cometeu uma falta feia sobre Luís Viana, e viu um cartão azul.
Na cobrança do consequente livre directo, Caio não foi suficientemente rápido e não conseguiu enganar o pragmático guarda-redes espanhol, Sergi Fernandez. A Espanha ficou a jogar com menos um elemento durante dois minutos, mas Portugal não conseguiu aproveitar a vantagem numérica para reduzir a desvantagem.
O 3-1 surgiu a 5 min do intervalo: Caio rematou com estrondo, cruzado, com a bola a embater no poste esquerdo da baliza espanhola.
Na recarga, Ricardo Barreiros desviou para o golo!
Após um desconto de tempo, André Azevedo fez o 3-2, numa jogada de contra-ataque: rematou da zona do livre directo, em posição frontal e… beneficiou de um desvio provocado por um stick de um jogador espanhol, que enganou Fernandez.
Este golo veio devolver à selecção nacional a confiança necessária para voltar a mandar no jogo, mas… o balde de água fria surgiu a trinta segundos do fim: Mia Ordeig fez o 4-2, aproveitando a infelicidade de Ricardo Barreiros, que com um pequeno toque com o stick, desviou a bola para a própria baliza.
Na segunda parte, Portugal teria de dar a volta ao marcador, numa tarefa muito difícil, que ficou… ainda mais complicada, quando Jordi Bargalló fez o 5-2, nos minutos iniciais do tempo complementar.
A vencer, os espanhóis tentavam manter a posse de bola, de modo a evitar que Portugal tivesse oportunidade de criar jogadas de perigo: a 13’38”, a dupla de árbitros italianos assinalou “jogo passivo” contra os espanhóis…
Dois minutos depois, mais um momento de desconcentração para Portugal: Pedro Moreira viu um cartão azul, e Marc Gual foi chamado a converter o livre directo. Com Ricardo Silva na baliza, o espanhol não teve sucesso!
Os últimos minutos da partida foram de pesadelo.
Sem conseguir reduzir a desvantagem, Portugal ia ficando sem ideias nem tempo. Ao tentar chegar ao golo, a defesa ficou desprotegida e… a Espanha aumentou a vantagem no marcador, até atingir os 8-2 finais.
A Espanha sagrou-se, portanto, hexa-campeã europeia de seniores masculinos.
FONTE: MUNDOOK.NET
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